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* TEMPOS TRABALHOSOS PARA A IGREJA


Textos: II Tm. 3.1 – I Tm. 4.1-4; II Tm. 3.1-2

Objetivo: Refletir sobre os últimos dias da igreja na terra, nos quais deve estar vigilante e alicerçada na Bíblia Sagrada para combater, eficazmente, as forças do mal que se levantam contra o evangelho de Cristo.


INTRODUÇÃO: Em sua epístolas ao jovem Timóteo, Paulo atenta para os dias trabalhosos que viram sobre a igreja nos seus últimos dias na face da terra. Não sabemos o dia, e muito menos a hora em que Jesus virá arrebatar sua igreja, contudo, vemos, no contexto atual, pistas que mostram que estamos sentindo o peso dos dias trabalhosos a respeito dos quais tratou o Apóstolo em I Tm. 4.1-4; II Tm. 3.1-2.


1. VISÃO ANTI-CRISTÃ DA REALIDADE: A realidade pode ser percebida de acordo com o ponto de vista. Ela é fundamenta naquilo que se costuma denominar de cosmovisão de mundo. Para se determinar uma determinada visão, podemos, por exemplo, fazer as seguintes perguntas: 1) de onde viemos, quem somos? 2) por que o mundo vai tão mal? e 3) é possível fazer alguma coisa para consertá-lo? Nós, os cristãos, temos, a partir da revelação do evangelho, uma cosmovisão que se propõe a dar respostas para as perguntas anteriormente apresentadas. A sociedade anti-cristã, por sua vez, vê a realidade de um modo diferenciado daquele que os cristãos concebem. Essa cosmovisão traz implicações ao cotidiano das pessoas, e, de certo modo, afetam até mesmo as congregações cristãs.


2. IMPLICAÇÕES PRAGMÁTICAS: A cosmovisão anti-cristã de ver a realidade implica numa série de decisões que são tomadas pelas pessoas, coletivamente, no dia-a-dia. As instituições são, paulatinamente, afetadas por sua forma de ver o mundo. Na família, o casamento, nos moldes bíblicos, é questionado. Na educação, a existência de Deus sequer é cogitada, dando vazão a um naturalismo extremo, em que tudo se reduz à matéria. Nas questões éticas, o relativismo é priorizado de tal modo que as pessoas são incapazes de considerar o que seja certo e/ou errado. Vê-se, nesse contexto, uma distorção total de valores, em que, o ter é supervalorizado em detrimento do ser. A sociedade de consumo se impõe, de tal modo, que as pessoas são categorizadas, basicamente, em duas posições: aqueles que se alegram em ostentar o que têm e aqueles que se queixam por não serem capazes de ter, e às vezes, vivem no estágio contínuo, de faz de conta que têm.


3. INFLUÊNCIA NO CONTEXTO ECLESIÁSTICO: Por causa desse modus vivendi anti-cristão, muitos negam sua fé, em busca de desfrutar aquilo que o mundo oferece. A isso o apóstolo Paulo denomina de apostasia, isto é, o abandono premeditado e consciente da fé (I Tm. 4.1). Há situações em que a apostasia não acontece, mas dá lugar à hipocrisia e insensibilidade espiritual. Há muitos que hoje estão na igreja, como o filho pródigo que ficou, que não desfrutam mais da alegria de serem filhos de Deus. Eles mentem para si mesmos e para os outros (I Tm. 4.1,2), são os lobos fantasiados de ovelhas dos quais fala Paulo em At. 20.29,30. A hipocrisia leva, inevitavelmente, ao farisaísmo, isto é, a uma prática de vida dúbia, em que a pessoa é uma coisa na igreja e outra fora dela. Quando estão na congregação, se ensoberbecem quando são glorificados pelos homens (Mt. 6.2), e os tais, recebem a condenação explícita de Jesus (Mt. 23.23). O problema é que suas mentes já estão cauterizadas (I Tm. 4.2), pois perderam a sensibilidade espiritual, e não se dispõem ao arrependimento. O deus deles é a fama e o dinheiro (Cl. 3.5), sendo amantes de si mesmos (II Tm. 3.2) e tendo a presunção de serem mestres, querem extrair lucro fácil dos irmãos (II Pe. 2.3; 1.16) para, depois, vangloriarem-se dos seus bens.


4. RETORNO À PALAVRA: Face à realidade desses dias trabalhosos, a igreja tem um desafio em duas fronteiras: em relação ao mundo e na congregação eclesiástica. Para dar resposta de nossa fé, no contexto de uma cosmovisão anti-cristã, precisamos, com sabedoria, mansidão e amor, mostrar que temos convicções a respeito da mensagem que uma vez foi entregue aos santos (I Pe. 3.15; Jd. 3). Para isso, precisamos estudar mais a Bíblia, ouvir a voz daquele que fala à igreja por ela, entender o tempo atual que nos encontramos, para, no mundo, testemunhar, com poder, do evangelho de Cristo (At. 1.8), revelando um Deus de amor que enviou seu único filho para que tivéssemos vida nEle (Jo. 3.16). Somente após um encontro com Cristo, as pessoas poderão deixar uma cosmovisão anti-crista, a favor de uma vida de serviço a Cristo, não adianta querer impor, à sociedade, um estilo de vida cristão, sem que passem pela experiência do novo nascimento (Jo. 3.3). No contexto eclesiástico, precisamos voltar a alguns princípios básicos, dentre eles, o de valorizar, prioritariamente, a exposição da Palavra de Deus (II Tm. 2.15; 4.2). Que deixemos de alimentar o comércio “evangélico” e o “marketing” que se instauram de modo a levar as pessoas à idolatria de “estrelas” gospel que nenhum comprometimento têm com a verdadeira doutrina, apenas com seus interesses particulares (I Tm. 6.3; II Tm. 3.10; 4.3).


CONCLUSÃO: Os tempos são trabalhosos, mas isso não quer dizer que perdemos as esperanças. Estamos certo que o Senhor Jesus tem uma igreja fiel, poderosa que as portas do inferno não são capazes de detê-la (Mt. 16.18). Para tanto, é essencial que se reconheça o papel da igreja, na sociedade, como sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.14-16). Para ser luz e sal, essa igreja precisa está em contato contínuo com Aquele que é fonte dessa luz (Jo. 3.19; 8.12; 9.15; 12.35,46).