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* AS PROMESSAS DE DEUS E A SUA SOBERANIA

Textos: Fp. 2.13 – Fp. 2.5-13

Objetivo: Ressaltar a soberania de Deus e a atuação humana no cumprimento das promessas bíblicas.

INTRODUÇÃO: “Deus é soberano”. Essa é uma declaração comumente citada nas igrejas. Mas qual o conceito bíblico de soberania? Qual é a sua relação com as promessas divinas? A tentativa de apresentar respostas a essas perguntas, inevitavelmente, nos conduzira a outros questionamentos: 1) Ao pronunciar Suas promessas, Deus se torna dependente delas? 2) O homem pode determinar o cumprimento de uma determinada promessa bíblica? Vamos apontar neste estudo, alguns direcionamentos a respeitos desses problemas.

1. A SOBERANIA DE DEUS: Existem diversas acepções teológicas e filosóficas a respeito do conceito de soberania. Na teologia filosófica, Deus é soberano porque existe antes de todas as coisas, conhece todas as coisas e pode todas as coisas, e está também no controle de todas as coisas”. Na Bíblia, o conceito de soberania divina está bastante associado àquele de um rei celestial, cujas abas das vestes enchem o tempo (Is. 6). No Salmo 48.2 o Senhor é chamado de “grande Rei, cujo reino é eterna porque “reina soberanamente para sempre” (Sl. 29.9. O reino de Deus, por conseguinte, não é localizada, mas por a terra Is. 10.16). Vemos, assim, de acordo com as referências bíblicas, que Deus governa sobre tudo e sobre todos (I Cr. 29.11,12). Deus não apenas governa sobre todas as coisas, Ele, também, está no controle delas (Jó. 42.2; Sl. 115.3; 135.6; Dn. 4.35).

2. AS PROMESSAS COMO UM ATO SOBERANO DE DEUS: Sendo Deus livre, Ele mesmo, por sua própria vontade, quando se revelou ao ser humano, nos deu várias promessas. Essas, portanto, manifestam o ato soberano de Deus, que, por Sua Graça, tem nos enriquecido com as bênçãos celestiais em Cristo Jesus (Ef. 2.7; 3.8,16). Assim sendo, ninguém deve, jamais, pensar que é merecedor de qualquer coisa que parta de Deus. Isso deva se aplicar a todos os aspectos da vida do cristão, desde o ar que respiramos, passando pela salvação provida na cruz, ou qualquer outro benefício que venhamos a receber dEle (Tg. 4.13-15). Quando vemos as promessas divinas, como ato soberano de Deus, temos motivos para nos humilhar perante Sua potente mão e reconhecermos que não passamos de homens e mulheres carentes de Sua graça. É uma pena que alguns cristãos não estejam se apercebendo disso, resultando em excessos na oração e nas pregações. De vez em quando, vemos e ouvimos pregadores que oram determinando bênçãos às vidas de seus expectadores. Alguns, mais ousados, querem pôr Deus no “canto da parede”, justificando, não poucas vezes, que Deus, ao prometer, não pode mais voltar atrás, tornando-se, assim, escravo de Sua palavra.

3. PROMESSAS DEBAIXO DA SOBERANIA DE DEUS: Conforme vimos no estudo anterior, algumas promessas de Deus são incondicionais, isto é, elas independem da vontade humana para se cumprirem. Tais promessas fazem parte do plano maior de Deus, e sobre essas, o ser humano não pode intervir. Em relação às promessas condicionais, o relato bíblico nos mostra que Deus tem interesse de que o ser humano coopere com Ele e isso se dá, principalmente, por meio da oração.

3.1 Orar é atuar com Deus - A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que oraram ao Senhor, suplicando mudança de desígnio: Abraão (Gn. 18.23-25), Jacó (Gn. 32.9-12), Moisés (Nm. 14.13-19), Josafá (II Cr. 20.6-12), Daniel (Dn. 9.4-16). Vemos, nessas orações, que Deus se dispõe a ouvir nossos argumentos e os responde. Através do profeta Jeremias, afirma que está disposto a mudar os seus planos, caso o homem venha a se arrepender dos seus pecados (Jr. 18.7-11), destaca ainda que se compraz em exercitar misericórdia (Mq. 7.18). Essas passagens revelam que não devemos ter qualquer receio de orar ao Senhor, solicitando, inclusive, que Ele altere as condições circunstanciais de nossas vidas e de outras pessoas. Porém, não podemos esquecer que, do mesmo modo que Jesus, devemos aprender a nos submeter à vontade soberana de Deus (Mt. 6.10; 26.39).

3.2 Limites na oração - A vontade de Deus é o aspecto fundamental da soberania divina, e, associado a essa, está o reconhecimento da limitação humana. Podemos orar ao Senhor, no entanto, não podemos pensar em determinar sobre Ele nossas próprias vontades. Jesus, sendo Deus, não o teve por usurpação o ser igual a Deus (Fp. 2.6), antes se pôs debaixo da vontade soberana do Pai, ainda que com clamor e lágrimas (Hb. 5.7). Depois da oração no Getsêmane, Jesus se levantou confortado, sabendo o que lhe aguardava (Mc. 14.42). Se Cristo acatou, com submissão a vontade divina, porque nós faríamos diferente? Há quem se apegue ao versículo isolado de Mt. 21.22, afirmando que o “tudo”, expresso nessa passagem, é a chave para que determinemos e obtenhamos o que quisermos. Contudo, é preciso ponderação a respeito desse “tudo”, pois este se encontra no campo relativo, não absoluto. É bom lembrar que a mesma Bíblia que nos instrui a pedir com insistência (Mt. 7.7; Lc. 11.9; Jo. 24), também diz que, algumas vezes, não recebemos porque pedimos mal (Tg. 4.2,3).

CONCLUSÃO: As promessas de Deus, para os crentes, devam servir de estímulo à oração. Lemos, na Bíblia, que Ele se compraz ao nos ver O buscando por meio da oração. É interessante observamos que, em algumas circunstâncias, temos a percepção de que Deus permite que vontade humana seja satisfeita, talvez, porque essa, de antemão, já era a Sua soberana vontade. Mas em algumas circunstâncias, Ele não faz qualquer concessão, como aconteceu com Moisés (Dt. 3.26) e Paulo (II Co. 12.9), nesses casos, a resposta definitiva foi um “não”. Quando isso acontece, não teremos outra alternativa senão acatar com humildade a vontade de Deus, cientes de que Ele nos dará graça (Tg. 4.6). E essa não é apenas um consolo, na verdade, é o melhor para nós, pois a vontade divina, ao contrário da humana, é sempre boa, perfeita e agradável (Rm. 12.1,2). PENSE NISSO!