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A INFLUÊNCIA CULTURAL DA IGREJA

Textos: Gn. 1.28 – Gn. 1.26-30
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OBJETIVO: Refletir sobre a influência que a igreja pode ter sobre a sociedade.

INTRODUÇÃO:  A Igreja tem dupla responsabilidade, outorgada por Cristo, o Rei, para a sociedade. A primeira delas e a Grande Comissão, isto é, indo por todo o mundo, para fazer discípulos (Mt. 29.19,20). A segunda, e não menos importante, e, de certo modo, atrelada àquela, a de transformar a cultura. No estudo desta semana, veremos a respeito da cultura, definindo-a, a princípio, em seguida, destacaremos exemplos bíblicos de influência cultural. Ao final, passaremos a discorrer sobre alguns cristãos que influenciaram culturalmente na sociedade.

1. CULTURA, DEFINIÇÕES: Existem diversas definições de cultura, destacamos algumas delas a seguir: “um empreendimento coletivo, segundo o qual os homens conseguem estabelecer um estilo de vida distinto, com base em valores comuns” (R. N. Champlin); “Aquele todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, artes, princípios morais, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelos homens, como membros da sociedade” (E. B. Tylor). O cristianismo, por sua vez, reconhece a existência da cultura enquanto produção humana, mas esta precisa ser avaliada a partir dos princípios bíblicos. Por isso, sempre coube a Igreja, ao longo da sua história, a tarefa de apontar para o alto, ressaltando as virtudes de Cristo. Por isso, conforme orienta o autor da Epístola aos Hebreus (11.6), os valores terrenos devem ser sombras daquele país celestial. Diante dessa realidade, a Igreja precisa estar ciente do seu papel social, e, principalmente, da necessidade de capacitar-se para responder aos anseios da cultura moderna. O ponto de partida para analise cultural é a realidade da Queda, que, conforme registrada no capítulo 3 do Gênesis, trouxe implicações imediatas para o ser humano. Antes da Queda o ser humano tinha a capacidade para administrar a criação para a glória de Deus (Gn. 1.28-30), mas depois desta, sua tendência passou a ser o egoísmo, a busca pelos interesses, e, como vemos atualmente, a destruição da criação, que geme a espera da redenção (Rm. 8.19-23). A destruição da criação, no entanto, não é o único mal causado pela Queda. Quando avaliamos a sociedade, à luz dos valores cristãos, constatamos a prevalência da cultura da morte e da ganância.

2. A INFLUÊNCIA CULTURAL, EXEMPLOS BÍBLICOS: A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que não se deixaram levar pelos valores da cultura mundana. Não podemos esquecer que este mundo jaz no Maligno (I Jo. 5.19), por isso, o Reino de Deus, conforme respondeu Jesus a Pilatos, não é deste mundo (Jo. 18.36). Ao mesmo tempo, também precisamos estar cientes que precisamos agir como sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13,14), ao mesmo tempo em que não nos conformamos com ele (Rm. 12.1,2). No Antigo Testamento encontramos o relato exemplar de Daniel diante da cultura babilônica. Daniel, o jovem hebreu levado para o cativeiro, estava imerso em uma cultura distinta dos princípios divinos. Mesmo assim, ele propôs em seu coração não se contaminar com as iguarias do rei, isto é, não fazer concessões quanto a sua fé (Dn. 1.8; 6.6-10). No livro de Daniel também se encontra o registro de fé de Sadraque, Mesaque e Abedenego, corajosos homens de Deus que foram salvos da fornalha por testemunharem da soberania de Deus, e não se dobrarem diante da estátua erguida pelo Rei (Dn. 3). Mordacai, juntamente com a rainha Ester, servem de exemplo para todos aqueles que não fazem concessões em relação aos valores do Reino de Deus. Os profetas de Deus, tanto aqueles apresentados nos livros históricos, quanto os literários, autores de livro bíblicos, foram contundentes em suas denuncias do status quo, ou seja, da cultura humana distanciada dos padrões eternos de Deus. Por causa disso, os profetas bíblicos eram impopulares, eles se opunham ao que a maioria defendia, se fosse hoje, diríamos que eles não estariam preocupados com o Ibope, com a popularidade, mas, como declarou Pedro diante das autoridades romanas e judaicas, o alvo deva ser obedecer a Deus, e não aos homens, quando esses se voltarem contra a Palavra de Deus (At. 5.29).

3. CRISTÃOS QUE INFLUENCIARAM A CULTURA: Os críticos da fé cristã geralmente procuram defeitos na história para denegrir a imagem da Igreja. Não devemos fechar os olhos para atitudes que de fato não orgulham a fé, dentre elas, a Inquisição, tanto a Católica quanto a Protestante. Mas para fazer justiça, é preciso reconhecer o legado cultural da Igreja para a sociedade. Na política, destacamos o exemplo de homens como William Wiberforce, um parlamentar britânico, que lutou intensamente para que a sociedade percebesse a opressão causada pela escravidão. Martin Luther King Jr. tornou-se uma figura respeitável em virtude da sua oposição ao preconceito racial nos Estados Unidos. Na música, Sebastian Bach, impressiona até mesmo os descrentes pela genialidade nas suas composições, as quais assinava com o seguinte acréscimo Soli Deo Gloria (Gloria somente a Deus). Na literatura e apologética, C. S. Lewis, um ex-ateu, contribuiu para difundir e defender os pressupostos da fé cristã. Em seu livro Cristianismo Puro e Simples, resultante de conferências radiofônicas, expôs com maestria os fundamentos doutrinários cristãos. Suas obras literárias, com destaque para As Crônicas de Nárnia, atraem a atenção do público em geral, em seu bojo se encontram verdades eternas, extraídas das páginas do evangelho. Tostoi e Dostoivski, os dois gigantes da literatura russa, seguidores fervorosos de Cristo, inseriram em suas obras temáticas cristãs, o primeiro, por exemplo, em Guerra e Paz, e último, em Crime e Castigo. O cinema também tem servido para influenciar a sociedade a partir dos valores cristãos. As obras de autores cristãos, como o próprio C. S. Lewis, estão sendo adaptadas para a tela. Esses são apenas alguns dos muitos exemplos de pessoas que influenciaram a sociedade a partir dos valores bíblicos que defendiam. Mas existem milhares de outros, heróis anônimos, igrejas que se sacrificam e levam, com amor, o evangelho de Cristo, atraindo a comunidade na qual estão inseridas, sendo luzeiros no mundo.

CONCLUSÃO: A Igreja de Jesus Cristo foi chamada para influenciar, não para ficar debaixo de um alqueire. Para tanto, deva sair de dentro das quatro paredes e ir para a sociedade, levando o evangelho, as boas novas de salvação. Ela precisa denunciar o pecado, ser uma voz que expõe os princípios bíblicos. Mas precisa investir também na transformação cultural, atuando nas várias frentes. Os políticos precisam ser coerentes com os valores cristãos. Os músicos comporem hinos e canções que glorifiquem a Deus e enobreçam o ser humano. Os escritores devem usar a criatividade para expor valores do Reino. Existem diversas maneiras de a Igreja influenciar a sociedade, não apenas fazendo coisas grandes, mas também com pequenos gestos, que, com zelo doutrinário e amor sacrificial, conduzirão muitos a Cristo. PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!