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O LIVRO DE ÊXODO E O CATIVEIRO DE ISRAEL NO EGITO

Texto: Gn. 50.25 – Ex. 1.1-14



INTRODUÇÃO

Êxodo é o segundo livro do Antigo Testamento, parte dos cinco primeiros livros denominados de Pentateuco (que significa os cinco volumes em grego). Em hebraico, esses livros são conhecidos como Torah (lei ou instrução). É esse livro, cujo significado é “partida”, em alusão à saída do povo de hebreu do Egito, que estudaremos nas próximas lições. No estudo desta semana trataremos de contextualizar esse livro, ressaltando sua autoria, data e estrutura. Ao final destacaremos a pessoa de Cristo, como Aquele que é maior do que Moisés.

AUTORIA, DATA E PROPÓSITO

O autor do livro de Êxodo, escrito entre 1450 e 1410 a. C., é o mesmo que escreveu o Pentateuco. A tradição atribui esses livros à pena de Moisés, ainda que não haja uma referência explicita no texto. Mas é válido destacar que nos tempos de Josué (Js. 8.31-35) Moisés já era reconhecido como seu autor, o que fora confirmado por Jesus (Mc. 12.46). Há evidências internas no livro que apontam para a autoria mosaica, indicando que o autor fora testemunha ocular de alguns fatos (Ex. 2.12; 9.31,32; 15.57). O livro pode ser categorizado como uma narrativa histórica, por tratar a respeito de eventos que se desenvolveram no princípio da história nacional de Israel. Como história, o livro de Êxodo aborda aspectos específicos do povo de Israel, ressaltando a aliança desse povo com Deus. O enfoque principal do livro está no cumprimento das promessas do Senhor em relação a Israel. O contexto é de opressão, pois os filhos de Jacó tinham se multiplicado, incomodado ao novo Faraó, que não tinha mais compromisso com José (Ex. 1.1.-8). A primeira parte do livro trata sobre a revelação de Deus a Abraão de que o povo seria oprimido em uma terra estrangeira por um período de 400 anos, até retornar à terra prometida por Deus (Gn. 15.13-14). A segunda parte do livro mostra a revelação da aliança de Israel com Deus, após o rompimento do pacto (Ex. 19.14; 32-34; 35-40), além de apresentar instruções, através de Moisés, no Monte Sinai (Ex. 20-23; 25-31) para todo povo. O tema principal do Êxodo é mostrar o cumprimento das promessas de Deus aos patriarcas de que ele faria deles uma grande nação. Isso aconteceria apesar da potência egípcia daquele tempo, e até mesmo da incredulidade do povo israelita. Muito embora Moisés seja considerado a figura central do livro de Êxodo, é a providência divina que o conduz ao longo da jornada de fé e coragem. O Deus de Israel é quem dá instruções precisas a esse homem para cumprir Seus desígnios. O livro apresenta a seguinte organização: 1. Opressão dos Hebreus no Egito (Ex. 1.1-11.10); 2. Livramento dos Hebreus do Egito (Ex. 12.1-13.16); 3. Ensinamento a Israel no Caminho do Sinai (Ex. 15.22-19.2); 4. O Pacto de Deus com Israel no Monte Sinai (Ex. 19.3-24.18); e 5. Normas de Adoração a Deus por Israel, no Monte Sinai (Ex. 35.1-40.38). Os versículos-chave se encontram em Ex. 3.7,10, no qual o Senhor responde ao clamor do povo por libertação.

O PAPEL DE MOISÉS NO LIVRO DE ÊXODO

O nome Moisés quer dizer “retirado das águas” (Ex. 2.10), e mais precisamente, em egípcio, “filho” ou “criança”. É reconhecidamente o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Moisés nasceu no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido eliminar todas as crianças do sexo masculino das famílias hebreias (Ex. 2.1-4; 6.20; At. 7.20; Hb. 11.23). Para preservar a vida do seu filho, Joquebede tomou a iniciativa de colocá-lo em um cesto de junco, às margens do Nilo, sendo salvo pela filha de Faraó, que lhe deu o nome de Moisés, educando-o como filho adotivo, sendo este instruído em toda ciência dos egípcios (Ex. 2.5-10; At. 7.21,22). Ainda que Moisés tenha tido um preparo profissional no Egito, sendo levado ao palácio (Ex. 2.10), e frequentado o maiores centos de estudos egípcios (Ex. 3.9,10), fez prevalecer as orientações que recebera da sua mãe, que trabalhara como escrava-ama para cuidar dele, sustentada pela filha do Faraó (At. 7.22). Por isso quando mais velho, Moisés testemunhou um ato de agressão contra um escravo hebreu. Nesse momento, resolveu intervir, identificando-se com aquele homem. Nesse ato, Moisés matou o soldado egípcio que agredia o escravo hebreu, enterrando seu corpo na areia. Mas alguém que testemunhou aquele assassinato o denunciou perante as autoridades egípcias. Para escapar da punição, Moisés fugiu para as terras de Midian, onde se casou com Zípora, filha de Jetro, chefe dos sacerdotes das tribos midianitas, passando a pastorear suas ovelhas (Ex. 2.11-21; At. 7.29). Durante o período em que pastoreava as ovelhas do seu sogro, Moisés, que conhecia o Deus de Israel por ouvir falar, teve um encontro pessoal com Ele, diante de uma sarça ardente (Ex. 3.1-14). Esse encontro modificou radicalmente a vida de Moises, nos primeiros anos de estudo no Egito fora instruído para ser alguém, durante o período em que esteve no deserto, percebeu que não era ninguém, somente depois desse encontro, percebeu que Deus era tudo.

JESUS, MAIOR DO QUE MOISÉS

Nos tempos de Moisés o povo de Israel estava debaixo do jugo opressor dos egípcios, que clamava por um libertador. A condição humana é muito pior, pois as pessoas não estão apenas debaixo da tortura de uma nação, mas do próprio pecado. Por esse motivo, a necessidade premente do ser humano não é de um libertador nacional, mas primordialmente espiritual. Jesus, nesse sentido, é maior do que Moisés (Hb. 3.1-6), pois o centro da nossa confissão de fé está fundamentada nEle. Moisés cumpriu aquilo que lhe dizia respeito em relação à nação israelita, libertando-a do cativeiro egípcio, mas Jesus foi além disso, sendo o Filho de Deus, estabeleceu uma nova aliança. Todos aqueles que estão em Cristo, na atual dispensação, foram firmados em uma promessa eterna (Mt. 10.22; Lc. 8.15; Jo. 8.31; 15.4-6). Nossa confiança deve ser depositada não apenas naquilo que Moisés disse, mas no que fora reafirmado por Jesus, como o Filho enviado pelo Pai (I Ts. 5.24; Jd. 24,25). A esperança do cristão é Cristo (Hb. 3.16), que realizou uma obra salvifíca (Rm. 5.1,2), para todos aqueles que nEle creem (Jo. 3.16). Por meio de Cristo Deus estabeleceu um novo e vivo caminho (Hb. 10.20), firmado sobre Sua palavra (Hb 4.12), portanto, devemos nEle crer, para a vida eterna, caso contrário, seremos conduzidos à morte (Hb. 2.14,15; 3.17). É possível estabelecer uma comparação entre Moisés e Jesus, destacando a superioridade deste em relação àquele. Na verdade, na nova aliança, Jesus se sobrepõe a Moisés, tendo em vista ser Jesus o profeta a respeito do qual falou o próprio Moisés vaticinou (Dt.18.15-18). Isso porque Jesus é a expressão maior do Pai, nEle o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade (Jo. 1.1,14,18). Somente Ele poderia dizer que quem O visse estaria vendo o próprio Pai, destacando, assim, a plenitude da Sua revelação (Jo. 14.9; Hb. 1.1,2).

CONCLUSÃO

O estudo do livro do Êxodo nos revelará, nas próximas lições, o valor da liberdade, principalmente em seu aspecto redentor. O bem mais precioso da humanidade é a liberdade, não por acaso existe uma estátua a ela dedicada nos Estados Unidos. Moisés foi o homem usado por Deus para libertar o povo de Israel do cativeiro egípcio. Maior do que ele é Cristo, Aquele que é o Grande Libertador, que tira o homem do pecado, e o conduz à vida eterna (Jo. 8.36). PENSE NISSO!

Deus é Fiel e Justo!