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A TENTAÇÃO DE JESUS



Textos: Hb. 4.15  – Lc.4.1-13

INTRODUÇÃO
O autor da Epístola aos Hebreus diz que Jesus foi tentado em tudo (Hb. 4.15). É a respeito desse assunto que estudaremos esta semana. Inicialmente destacaremos a atuação de Satanás na tentação. Em seguida, refletiremos como Jesus venceu a tentação, através de uma vida consagrada e do uso das Escrituras. Ao final mostraremos como o cristão, seguindo o exemplo de Jesus, poderá vencer as tentações.

1. AS TENTAÇÕES DE SATANÁS
Satanás é o adversário, o inimigo dos servos de Deus, e se aproxima para tentar. Ele deseja incutir a dúvida nos corações dos cristãos (Lc. 4.3,9). A primeira tentação do inimigo consistia em fazer Jesus usar seu poder em benefício próprio. Mas Jesus rejeitou proposta de Satanás, por isso Ele é atualmente Sumo Sacerdote, de modo que nos compreende e nos assiste em nossas tentações (Hb. 2.16-18; 4.14-16). Diferentemente do primeiro homem, que não resistiu às afrontas de Satanás, caindo em pecado. O segundo Adão venceu os poderes dos inimigos, resistindo às forças do mal. Para vencer a tentação, dependemos das mesmas armas que Jesus utilizou: oração (Lc. 3.21), o amor do Pai (Lc. 3.22), o poder do Espírito (Lc. 4.1) e a Palavra de Deus (Dt. 8.3). Uma das fontes do pecado é o egoísmo humano, Satanás pode se aproveitar dele para distanciar o cristão de Deus. Jesus venceu a tentação porque se fez servo, não usou seus atributos em benefício próprio (Fp. 2.5-8). Os cristãos que quiserem vencer a tentação devem rejeitar todo e qualquer tipo de glória humana. A tentação de ser maior do que os outros pode levar à ruina. A Palavra de Deus nos é suficiente para alimentar nossa vida espiritual, mas a fama dos homens pode atrofiar a alma (Sl. 119.103; Jr. 15.16; I Pe. 1.2). Muitos cristãos estão se distanciando da fé porque querem a glória que somente será recebida na eternidade no tempo presente, sem cruz não há glória (Lc. 24.25-27).

2. JESUS VENCE PELAS ESCRITURAS
Satanás quer nos fazer desacreditar do amor do Pai, também a esperança em um reino vindouro. Por isso motivo, muitos estão trocando a expectativa pela eternidade pelos bens terrenos (Hb. 12.1-3). O inimigo utilizou indevidamente as Escrituras, tentando distorcê-la a fim de fazer Jesus pecar (Sl. 91.11,12). A resposta de Jesus, sempre fundamentada nas Escrituras (Mt. 4.7), revela a exegese apropriada dos textos. Ninguém pode compreender as Escrituras sem atentar para Jesus, sua chave de interpretação (Lc. 24.47). A leitura da Bíblia precisa ser feita apropriadamente, atentando para os princípios hermenêuticos, caso contrário o texto poderá ser instrumento para a queda. Uma das orientações fundamentais para compreender as Escrituras é atentar para o contexto, ou seja, para tudo o que está escrito a respeito de um assunto. A utilização de versículos descontextualizados, sem atentar para o que foi dito antes ou depois, pode resultar em aplicações indevidas. Desde o princípio Satanás quis interpretar indevidamente a Palavra de Deus (Gn. 3.1,2). Não tem sido muito diferente nos dias atuais, existem pessoas utilizando passagens da Bíblia para satisfazer seus interesses. O movimento evangélico tem caído em descrédito, em muitos contextos sociais, por causa das interpretações equivocadas de alguns textos bíblicos.

3. A VITÓRIA NAS TENTAÇÕES
As tentações fazem parte da condição humana, como aconteceu com Jesus, qualquer cristão pode ser tentado (Hb. 4.15; I Co. 10.13). Nossa oração, seguindo o exemplo do Senhor, é para não cair na tentação (Mt. 6.13), mas também devemos vigiar e orar (Mc. 14.38), e resistir às afrontas do Diabo (Tg. 4.7). Devemos ter o cuidado de não atribuir todas as tentações a Satanás, evidentemente ele se aproveita da natureza humana pecaminosa. Entretanto, o desejo desenfreado pode impulsionar as pessoas para o pecado (Tg. 1.13-15). Portanto, há momentos que o cristão deverá fugir de situações que favoreçam o pecado (II Tm. 2.22). Ainda que apenas fugir, pelas próprias forças, não é suficiente. Somente poderão vencer as tentações àqueles que consagrarem suas vidas a Deus (Rm. 12.1,2). Tenhamos cuidado com os pecados que foram naturalizados, e que muitos caem sem atentarem para o perigo, um deles é a ganância, que tem levado muitos à perdição, inclusive obreiros da seara (I Tm. 6.9,10). Os primeiros pais pecaram porque colocaram os olhos naquilo que não deveriam, a soberba dos olhos também pode levar o cristão a cair (I Jo. 2.16). Por isso a advertência de Paulo: andai em Espirito e não cumprireis as concupiscências da carne (Gl. 5.17). Trata-se de uma batalha espiritual, entre forças antagônicas que habitam no cristão (Rm. 7.17-20). Para vencer, é necessário investir na produção do fruto do Espírito (Gl. 5.22). O revestimento com a armadura de Deus é fundamental, para apagar as setas enviadas pelo inimigo (Ef. 6.14-17).

CONCLUSÃO
Jesus foi tentado em tudo, mas na dependência do Espírito Santo, e no poder da Palavra foi capaz de resistir. De igual modo, os cristãos devem lutar contra as tentações de Satanás, bem como contra as da natureza pecaminosa. Temos a promessa bíblica de que não seremos tentados além do que podemos suportar. Por isso, devemos confiar na providência de Deus, e também vigiar e orar. Não é cristão viver na prática do pecado (I Jo. 3.9), contudo, se alguém pecar, temos um Advogado, Jesus Cristo, que nos perdoa, e nos conduz adiante (I Jo. 1.9; 2.1,2).