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A FAMÍLIA QUE SOBREVIVEU O DILÚVIO


                                

                          Texto Áureo  Hb. 11.7  – Leitura Bíblica  Gn. 7.1-12


INTRODUÇÃO
Na última aula estudamos a respeito do mundo de Lameque, mostrando que esse se distanciou de Deus, por isso tornou-se impiedoso. Na aula de hoje estudaremos sobre Noé, mostraremos que esse foi um homem agraciado por Deus, demonstrando também piedade e fidelidade. Ele foi chamado pelo Senhor para construir uma arca, em face do dilúvio que sobreviria sobre a terra, e destruiria a humanidade pecaminosa. Destacaremos, ao final da lição, que Noé cumpriu sua missão, preservando os animais, e principalmente sua família.

1. NOÉ, UM HOMEM AGRACIADO POR DEUS
A geração daquele tempo era perversa, marcada pela impiedade. Mas a narrativa, destaca: “porém Noé achou graça diante do Senhor” (Gn. 6.8). Noé foi agraciado por Deus porque era um homem justo, característica ressaltada em várias passagens das Escrituras (Ez. 14.14, 20; Hb. 11.7; II Pe. 2.5). Como Abraão, Noé deu ouvidos à Palavra de Deus, e isso lhe foi imputado para justiça (Rm. 4.9). Nós também encontramos graça em Deus, não por causa das nossas obras, que são incapazes de salvar (Ef. 2.8.9), mas em Cristo Jesus, o fundamento da nossa justificação (II Co. 5.21). O texto bíblico também ressalta que Noé era um homem íntegro, isto é, justo, isso não quer dizer, no entanto, que era sem pecado. Somente Jesus viveu na terra sem pecado (I Pe. 2.21,22). As palavras justo (hb. tzadiq) e perfeito (hb. tamiim) descrevem a condição de Noé perante Deus. Ele era um homem íntegro, irrepreensível e imaculado, tanto diante de Deus quanto dos homens. Ele não dava motivos para ser repreendido pelas pessoas que o cercavam. De igual modo, nós devemos, neste mundo tenebroso, ser sal e luz (Mt. 5.13,14), e não devemos dar razões para ser repreendidos (Fp. 2.12-16). Não podemos esquecer que somos salvos pela fé, não por meio das obras, mas, por outro lado, fomos criados para as boas obras (Ef. 2.10). É nesse sentido que Tiago afirma que a fé sem as obras é morta (Tg. 2.1), e Paulo assevera que existem muitos que professam conhecer a Deus, mas O negam por suas obras (Tt. 1.10,16). 

2. NOÉ, UM HOMEM QUE CONFIAVA EM DEUS
Noé era um homem obediente a Deus (Gn. 6.22; 7.5,16), não era apenas um ouvinte da Palavra (Tg. 1.22-25). Ele deve ter enfrentado muitos desafios para obedecer a Deus em um mundo contrário a Palavra de Deus. Não podemos esquecer que o mundo jaz no Maligno (I Jo. 5.19), que cega o entendimento das pessoas (II Co. 4.4), para moldá-las ao seu esquema (Rm. 12.1). Mas Noé estava na direção correta, enquanto o mundo vinha na direção contrária. Ele não cedeu às pressões sociais, não se deixou levar pelo politicamente correto. Ao invés de ouvir a voz das pessoas, que supostamente dizem ser a voz de Deus, preferiu seguir a vontade de Deus. E essa, como destaca Paulo, é sempre agradável, boa e perfeita (Rm. 12.2). Quando Noé recebeu de Deus a tarefa de construir uma arca, ele obedeceu sem restrições, obedecendo às especificações dadas pelo Senhor (Gn. 6.14-17). Os compartimentos daquela embarcação abrigariam animais de várias espécies. Essa orientação que não pode ser desconsiderado, é uma demonstração dos cuidados de Deus com Sua criação. Em sua soberania Deus conduziu os animais até Noé, e fez com que esses o obedecessem. Os cristãos devem ponderar a respeito da extinção dos animais que estão em perigo. O maltrato aos animais deve ser censurado, não podemos pactuar com práticas cruéis, principalmente com o abandono. Vemos também que Deus fez uma aliança com Noé, um pacto por meio do qual preservaria a vida daqueles que estariam na arca. O piedoso homem trabalhou na construção da arca por 120 anos, durante os quais pregou a mensagem de arrependimento, alertando a respeito do juízo vindouro. A pregação do patriarca, no entanto, foi considerada absurda pelos ouvintes. A mensagem da cruz também tem sido vilipendiada pelos ouvintes desta geração. Eles a consideraram loucura, estão tão acostumados a racionalizar tudo, que não se dobram a revelação do evangelho (I Co. 1.18). Jesus alertou a respeito desses dias, que como nos de Noé, assim também será a vinda do Filho do Homem (Mt. 24.37).

3. NOÉ, UM HOMEM QUE LEVOU SUA FAMÍLIA A DEUS
Através do dilúvio Deus julgou a humanidade perversa dos tempos de Noé (Gn. 7.11-24). O narrador bíblico afirma que “romperam-se todas as fontes do grande abismo” (Gn. 7.11), de modo que até mesmo as montanhas mais altas foram cobertas pela água (Gn 7.20). A chuva somente cessou depois de quarenta dias, mas as águas continuaram subindo, chegando ao ponto mais elevando depois de cento e cinquenta dias (Gn. 7.24). Até que a arca parou no pico do Monte Ararate (Gn. 8.4), passando mais cento e cinquenta dias até que as águas baixassem (Gn. 7.3). Após dois meses e dez dias Noé e sua família saíram da arca, tendo passado um ano e dez dias dentro da embarcação. Aquele dilúvio foi universal, pois conforme assegura o texto, “todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gn. 6.12). Os achados fósseis também confirmam a universalidade do dilúvio, as narrativas em várias culturas confirmam essa verdade. Mais importante, contudo, é destacar que Noé e sua família foram salvos através da arca, por causa da sua fé (Hb. 11.7). Nós também somos salvos por meio de Cristo, pois Ele é a nossa arca (I Pe. 3.18-22). Jesus morreu e ressuscitou para que fossemos salvos dos nossos pecados, e nEle tivéssemos vida eterna. Nesses dias difíceis pelos quais estamos passando, como fez Noé, devemos conduzir nossa família a Cristo. Os filhos devem ser instruídos na Palavra de Deus, para que não venham a se desviar do caminho, depois que crescerem (Pv. 22.6). Ainda que o mundo acate a lassidão moral, e práticas contrárias as Escrituras, devemos permanecer fiéis aos princípios bíblicos (I Co. 15.58).

CONCLUSÃO
Os tempos em que estamos vivendo são tempos trabalhosos, dias difíceis para a Igreja que milita na terra (II Tm. 3.1,2). Mas nós, que fomos adquiridos pelo Senhor por alto preço, não podemos viver como vive o mundo. A família cristã precisa entrar na arca, e se conduzir de acordo com as especificações divinas. Devemos nos inspirar em Noé, que decidiu ser diferente, e confiar na Palavra de Deus. Devemos permanecer naquilo que fomos inteirados, sabendo de quem aprendemos (II Tm. 3.16). Certamente o juízo divino virá, e não tardará, mas aqueles que fazem a vontade de Deus permanecem para sempre (I Jo. 2.17).