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OS BENEFÍCIOS DA JUSTIFICAÇÃO



Texto Áureo: Rm. 5.8  Leitura Bíblica: Rm. 5.1-12

INTRODUÇÃO
Conforme temos estudando nas lições anteriores, a justificação é uma providência divina, pela graça maravilhosa, por meio da fé. Na aula de hoje mostraremos os benefícios dessa justificação, que se inicia com a paz de Deus, que excede todo entendimento. Em seguida, nos voltaremos para a nova condição espiritual do crente que está em paz com Deus, diferente daquela na qual nos foi imposta por Adão. Ao final, destacaremos, com maior propriedade, os benefícios da justificação divina.

I – A PAZ DE/COM DEUS
As preposições têm espaço privilegiado nos estudos bíblicos, apenas para efeito de demonstração, ressaltamos que o crente, uma vez justificado, dispõe DA paz de Deus. Mas essa paz somente se tornou possível porque passou ter paz COM Deus, na medida em que a inimizade é desfeita, e acontece o processo de reconciliação (II Co. 5.18,19). Essa paz, que também é caracterizada como elemento do fruto do Espírito (Gl. 5.22), faz com que o crente não perca a esperança, mesmo diante das tribulações (Rm. 5.1,2; II Co. 8.19). A paz que é dada por Cristo é diferente daquela propagada pelo mundo, pois essa não depende das circunstâncias (Jo. 14.27). Isso é possível porque Jesus é Único Príncipe da Paz (Is. 9.2). Essa é uma paz diferenciada, e que o mundo não entende, por isso excede a compreensão humana (Fp. 4.7). Além disso, o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. Deus prova Seu amor para conosco pelo fato de ter nos amado sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8). Estávamos perdidos em nossos delitos e pecados (Ef. 2.1), o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23), mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna. Ele amou o mundo de uma maneira tão inexplicável que entregou Seu Filho Unigênito (Jo. 3.16). Por causa desse amor sacrificial, podemos ter convicção de que nada nos separará de Cristo, por isso seremos salvos da ira. Pela morte de Jesus Cristo, fomos reconciliados com Deus. Ele age com sua graça, de modo que os crentes já desfrutam, no presente século, da reconciliação que se completará no futuro, na dimensão escatológica. Essa condição espiritual faz com que o crente tenha alegria, passa a exultar por causa da justificação e reconciliação divina. A alegria também é um aspecto do fruto do Espírito (Gl. 5.22). A alegria, enquanto elemento do fruto do Espírito, nada tem a ver com a felicidade, divulgada pela sociedade moderna. Esta depende das circunstâncias, mas a alegria que vem de Deus é espiritual. Por isso Paulo, mesmo preso em Roma, escreveu a Epistola aos Filipenses, a Carta da Alegria.

II – CRISTO E ADÃO
Os crentes existem por causa de Cristo, Ele é a razão da justificação, foi a justiça dEle que nos tornou justos. Paulo faz a distinção entre a obra de Cristo e a de Adão, o primeiro homem, por meio do qual entrou o pecado no mundo (Rm. 5.12). Nas palavras de Paulo o homem morre por causa do pecado, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente. Por isso, para que o homem tivesse vida, fez-se necessário que um justo morresse em seu lugar. Esse é o significado da morte vicária de Cristo, ela teve um caráter substitutivo. De tal modo que a morte governou até Adão, até que um Novo Homem surgiu, trazendo sobre Si o pecado da humanidade. A declaração paulina explicita que “pela falta de um só os muitos morreram, mas muito mais a graça de Deus e o dom que veio pela graça de um só homem, Jesus Cristo, se derramaram sobre muitos” (Rm. 5.15). Essa afirmação não fundamenta a doutrina universalista, segundo a qual Deus salvará a todos no final. Muito pelo contrário, o apóstolo afirma que a graça de Cristo foi derramada sobre muitos. A expiação de Cristo não é limitada, ela tem a capacidade de alcançar a todos, mas faz-se necessário que as pessoas se arrependam dos seus pecados, e busquem a justificação que provém de Deus. Esse ensinamento é reforçado por Paulo ao declarar que pela obediência de Cristo muitos se tornarão justos (Rm. 5.19).  Essa justificação resulta também em nova conduta, um comportamento diferente daqueles que vivem em Deus, considerando que onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus (Rm. 6.1). O crente, por causa da justificação amorosa de Deus, é colocado diante de uma nova condição ética. Ele deixa de se pautar por uma moral, sua vida é pautada pela Palavra de Deus, e motivado pelo amor de Cristo, que o constrange a fazer o que é certo (II Co. 5.14).

III – JUSTIFICAÇÃO BENÉFICA
Assumimos, então, que por causa da justificação divina, podemos já no tempo presente, desfrutar da paz, não apenas COM, mas também a DE Deus (Rm. 5.1). Essa paz nos oportuniza esperança, de tal modo que não vivemos mais por vista, antes pela fé nAquele que se revelou em Cristo (Rm. 5.2). O amor de Deus faz com que, caso seja necessário, soframos por amor a Ele, enfrentemos as tribulações do tempo presente (Rm. 5.3,4), sabendo, porém, que essas aflições não se comparam à glória que em nós haverá de ser revelada (Rm. 8.18). Neste momento, descansamos na convicção do amor de Deus, que é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm. 5.5). O Espírito está trabalhando em nós, a fim de nos moldar a imagem de Cristo. O propósito de Deus para as nossas vidas não é nos fazer felizes, muito menos financeiramente prósperos, antes é investir em nosso caráter, a fim de parecermos cada vez mais com Jesus. Se cairmos em Adão, podemos agora, em Cristo, nos tornar novos homens. Isso porque em Cristo somos feitos novas criaturas, as coisas velhas se passaram, tudo se fez novo (II Co. 5.17). A nova humanidade é, então, uma construção, não pautada pela força do pecado, herdada de Adão, mas pela graça de Cristo. Homens atingidos pela graça maravilhosa de Deus são dispostos diante da mesma condição, e não podem agir de forma diferente, são motivados pelo favor imerecido de Deus. Jesus contou uma parábola que ilustro muito bem essa condição, o credor incompassivo foi perdoado, mas não agiu da mesma maneira (Mt. 18.23-35). Os religiosos tendem a agir por meio da retribuição, eles entregam fundamentados naquilo que receberão em troca. Aqueles que foram alcançados pela graça se desprendem com facilidade, pois não encontram satisfação maior na vida, que agradar o Deus que o agraciou.

CONCLUSÃO
Há um hino clássico, escrito por John Milton, que outrora foi um traficante de escravos, mas foi alcançado por Cristo. O título desse hino é Amazing Grace (Maravilhosa Graça) e que inicia dizendo: “que maravilhosa graça, que salvou um pecador como eu, estava perdido, mas agora fui achado, era cego mas agora posso ver”. Há uma versão em português, gravada pelo Quarteto Gileade, que merece ser ouvida, e ficar maravilhados, com a graça de Deus, escute a música no link logo acima, abaixo do título da Lição.