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DEUS, O PRIMEIRO EVANGELISTA



   Texto Áureo  Gl. 3.8 – Leitura Bíblica  Gl. 12.1-8


INTRODUÇÃO
A comunicação do evangelho foi uma decisão divina, o próprio Deus tomou a iniciativa de trazer as boas novas às pessoas. Na lição de hoje, estudaremos a comunicação do evangelho, desde o Antigo Testamento, a partir do chamado de Abraão, até o Novo Testamento, com a vinda de Jesus, o Verbo que se fez carne. Aprenderemos, nesta aula, que Deus se interessa por nós, que se fez gente, para salvar os pecadores. E que, apesar da condição de pecado, Ele ama os seres humanos, e deseja salvá-los.

1. DEUS DECIDIU COMUNICAR O EVANGELHO
O Deus da Bíblia, como bem lembrou Blaise Pascal, não é o dos filósofos. Isso porque Ele não é um axioma, um conjunto de postulados. Ele é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, que se envolve com as pessoas. Os deístas – movimento filosófico que defende que Deus está ausente – comparam Deus a um relojoeiro, que depois de criar sua máquina, dela se distanciou, sem dar qualquer informação de Si mesmo. Mas logo em Gn. 1.1, está escrito que Deus criou os céus e a terra, que se envolveu com seus habitantes. A criação de Adão e Eva, bem como a comunicação com eles, é uma demonstração do envolvimento de Deus com a humanidade. Deus não está ausente, Ele está conosco, na verdade, Ele é Deus conosco (Is. 7.14). Ele poderia muito bem não dar notícias, pois é Soberano e Senhor, sobre tudo e todos. Em Ex. 20, lemos a respeito da dádiva da Torah, que equivocadamente traduzimos por Lei. Através daquele ato Deus decidiu comunicar aos hebreus sua vontade. O objetivo central da Torah seria a preservação do povo escolhido por Deus. Os israelitas aprenderam a amar a Torah de Deus, de tal modo que os salmistas celebraram, com gratidão e alegria, a singeleza da revelação divina (Sl. 19; 119). Aquela também era uma notícia alvissareira, a mensagem graciosa e misericordiosa de Deus, que conduzia o povo por um outro caminho, diferente daquele trilhado para nações vizinhas. Verdadeiramente, o Deus de Israel, e também da Igreja, não está ausente. Ele é um Deus que está próximo, que se identifica com Sua criatura, que a dirige pelo caminho da justiça (Sl. 1).

2. O EVANGELHO NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, testemunhamos o progresso da comunicação divina aos pecadores. Deus chamou Abrão da terra dos Caldeus, para sair do meio da sua parentela, e ir para a terra que o Senhor prometeu lhe dar. Fez-se necessário que esse perdesse seu pai, para que ele tomasse sua decisão (Gn. 12.1,2). O evangelho de Deus nos é comunicado, na maioria das vezes, através de sacrifícios, nossos ou dos entes queridos. A decisão de Abrão, no entanto, tornou-se uma benção, não apenas para ele, mas para todas as nações, para todos aqueles que creem (Gl. 3.8; Rm. 4.11, 17). Abrão, que posteriormente veio a se chamar Abrãao, tornou-se o primeiro evangelista, depois do próprio Deus. Para tanto, Ele teve uma experiência pessoal com Yahweh, conhecendo-O também por meio da revelação. Depois desse contato com o divino, Abraão passou a testemunhar de Deus para os gentios (Gn. 20.7). Os descendentes de Abraão receberam a Torah do Senhor, por meio da qual pautaram suas vidas. Eles também teriam a responsabilidade de levar àquela mensagem às nações. O próprio sacrifício pascal apontava para o derramamento do sangue do cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Ex. 12.1-28; Jo. 1.29). Alguns salmos destacam a responsabilidade evangelizadora dos Israelitas, ressaltando que Deus não é apenas daquela nação, mas de todos os povos (Sl. 47; 66; 67). Os profetas da Antiga Aliança apontaram para um futuro, no qual Deus chamaria todas as nações para estar perante Ele (Is. 60.3; Jr. 31.31-33). A atuação de profetas como Daniel entre os gentios é uma demonstração prática do testemunho de Deus entre as nações (Dn. 2.31-35).

3. O EVANGELHO NO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento, o testemunho do evangelho é realizado por meio da Igreja, a assembleia dos santos, chamada para anunciar as boas novas, em Cristo (At. 15.14). Esse novo povo, formado por judeus e gentios, tornou-se um objetivando reconciliar as pessoas com Deus, tendo essa mesma sido alcançada pela queda da parede da separação (Rm. 9.29; Ef. 2.14-16). Os gentios, através desse ministério divino, deixaram de ser goym (palavra hebraica para estrangeiros), e passaram a ser hagioi (palavra grega para santos), concidadãos da família de Deus (Ef. 2.11-22; I Pe. 2.5), participantes da promessa feita originalmente a Abraão (Ef. 3.6). Por meio das viagens missionárias de Paulo o evangelho saiu da Judéia e Samaria, e chegou até aos confins da terra (At. 1.8). O apóstolo dos gentios propagou a boa nova entre os povos, raças e culturas (Rm. 11.13; Ef. 3.7). Nos dias atuais Deus não tem mais um povo, o tratamento não é mais com uma nação, nem mesmo com Israel. As promessas em relação à Israel, enquanto nação, se cumprirão por ocasião do milênio. A Igreja, formada por crentes de todas as nações, deve testemunhar do amor de Cristo, da sua morte e ressurreição (At. 2.32). As epístolas do Novo Testamento são decorrentes da evangelização, elas foram escritas a fim de discipular igrejas que foram alcançadas pelo evangelho de Cristo. O livro de Apocalipse, em uma dimensão escatológica, anuncia os resultados da evangelização. No futuro, diante do trono do Cordeiro, estarão povos de todas as nações (Ap. 5.9).

CONCLUSÃO
Deus sempre trouxe boas notícias para o Seu povo, depois deles reconhecerem uma má notícia, a realidade do pecado (Gn. 3.15). A Bíblia inteira, de Gênesis a Apocalipse, é um testemunho do amor evangelístico de Deus. O ápice da Sua atuação evangelizadora foi o envio do Seu Filho, que se entregou pelos pecadores (Jo. 3.16). O Verbo se fez carne, e habitou no meio dos homens (Jo. 1.1,14), essa é a prova maior do amor divino, que não nos considerou, mesmo na condição de pecado (Rm. 5.8).