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A EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS DESAFIADORES


Texto Áureo Jo. 6.37 – Leitura Bíblica Mt. 7.36-50

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito da evangelização dos grupos desafiadores, que preferimos denominar de grupos excluídos. Existe uma gama de grupos na sociedade que se encontra à margem, em condição de vulnerabilidade. Veremos, nesta lição, a necessidade de alcançar essas pessoas, levando-as a Cristo, com uma mensagem integral, que não apenas atenta para a salvação de suas almas, mas também para as carências do corpo.

1. OS EXCLUIDOS PELA SOCIEDADE
A sociedade na qual vivemos é exclusivista, existem muitas pessoas que se encontram à margem. Algumas delas não porque querem viver desse modo, mas porque não lhes foi dada outra oportunidade. As condições sociais contribuem, ainda que não sejam definidoras, para a situação de vulnerabilidade determinadas pessoas se encontram. Existem vários mendigos nas ruas, pedintes nos sinais de trânsitos, prostitutas que vendem seus corpos, dependentes químicos, bem como pessoas nas prisões. Essas pessoas também podem ser alcançadas por Cristo, temos o compromisso de levar a elas o evangelho salvador, mas sem deixar de atentar para a condição social na qual se encontram. Há um discurso predominante na sociedade que as pessoas vivem nas ruas, ou vendem seus corpos, por que desejam fazê-lo. Mas esse é um equívoco, existem casos de pessoas que optaram por esse estilo de vida, mas a maioria delas foi direcionada pelas precárias privações socioeconômicas. A igreja não pode assumir o discurso exclusivista da sociedade contemporânea. O papel da igreja é o de sentir compaixão por aqueles que foram marginalizados. Estender as mãos ao necessitado, sobretudo aos mais pobres, isso também é responsabilidade da igreja. O individualismo favorece a exclusão, fundamentado em uma suposta meritocracia, coloca sobre o pobre a culpa da sua condição. Essas pessoas precisam de Jesus, do evangelho que transforma o homem velho em uma nova criatura (II Co. 5.17), mas também precisam de comida (Lc. 9.13). A pobreza pode levar as pessoas à prostituição, e em alguns casos, à dependência química, bem como à criminalidade. Evidentemente não podemos generalizar, mas a maioria das incidências está relacionada à pobreza extrema.

2. A RELIGIÃO TAMBÉM LEGITIMA A EXCLUSÃO
A maioria das religiões, sobretudo as mais moralistas, ao invés de ajudar os excluídos, tende a reforçar a exclusão. É o que constatamos, não apenas na prática cotidiana, mas também nas Escrituras. Em Jo. 8. 1-11 lemos que os religiosos do tempo de Jesus, depois de flagrarem uma mulher em adultério, levaram-na a Jesus para que Ele a julgasse. Eles assumiram que estavam observando a lei, mas conduziram ao Senhor apenas a mulher, sem levar também o homem, conforme prescrevia a Lei (Lv. 20.10). A religião costuma agir dessa maneira, escolhe os pecados que consideram mais graves, bem como as pessoas que devem ser condenadas. Como Jesus expôs em Mt. 23, os religiosos não passam de sepulcros caídos, pessoas que coam um mosquito, mas engolem um camelo. Jesus atestou a hipocrisia religiosa quando depois de pressionado, respondeu que aquele que não tivesse pecado atirasse a primeira pedra. O narrador evangélico afirma que todos começam a sair, dos mais velhos aos mais jovens. Essa atitude continua sendo adotada por alguns grupos religiosos, inclusive entre os evangélicos. Os pecadores, que são os doentes que precisam de médicos, geralmente se afastam dos evangélicos, a forma que eles os abordam assuntam (Mt. 9.12). Os homossexuais são os que mais sofrem com a agressividade de alguns líderes, que na forma de se pronunciarem, beiram à homofobia. Não seremos capazes de levar os homossexuais a Jesus, bem como as prostitutas e dependentes químicos, se não os tratarmos com respeito, sobretudo com o genuíno amor cristão. Aqueles que se encontram nas prisões também devem ser alcançados pela Igreja de Cristo (Hb. 13.3). Devemos lembrar que os discípulos de Jesus também foram postos em prisões, e esses injustamente (At. 16.19-34).

3. O JESUS QUE INCLUI OS EXCLUIDOS
A evangelização dos excluídos deve ser pautada pelo exemplo de Jesus, que não negou a realidade do pecado, mas não se deixou conduzir pelo farisaísmo religioso. Devemos mostrar a essas pessoas a realidade do pecado, e seus efeitos nefastos sobre o ser humano. O problema do pecado não é apenas que esse traz a condenação, mas a morte física, espiritual e eterna, alienando o homem do Criador (Rm. 3.23; 6.23). Os grupos desafiadores, e sobretudo os marginalizados, precisam compreender a gravidade do pecado, e que esse levou a Cruz o Filho de Deus (Jo. 3.16). A igreja tem a tarefa de alcançar essas pessoas estrategicamente, em alguns casos com projetos assistenciais, para atenuar a situação delas. O Jesus dos evangelhos é inclusivo, Ele se preocupou com as crianças, mulheres, criminosos, entre outros. Uma igreja comprometida com a evangelização elabora modelos inclusivos para chegar a esses grupos. Algumas igrejas investem na formação de grupos especializados, trabalhando, por exemplo, com capelania prisional. Outras têm centros terapêuticos, com profissionais que podem auxiliar as pessoas que se tornaram escravas dos vícios. Há igrejas que têm maiores dificuldades de implementar a evangelização a esse grupo de pessoas. Outras, por disponibilizar de mais recursos financeiros e humanos, têm a obrigação de responder a essa demanda. Esses grupos desafiadores devem ser convidados a ingressar na fileira daqueles que seguem a Cristo. A igreja de Corinto, por exemplo, era formada por pessoas que outrora estavam entregues à devassidão, mas que se arrependeram dos seus pecados, e passaram a viver para Jesus (I Co. 6.10,11).

CONCLUSÃO
A igreja é desafiada a buscar os pecadores, independentemente da condição socioeconômica. Mas é preciso reconhecer que existem grupos que são mais difíceis de serem alcançados, se tornando um desafio para a igreja. Por isso é necessário que haja investimento na capacitação de pessoas para evangelizar os excluídos, e que, em alguns casos, a assistência social também seja realizada. Jesus nos deixou o exemplo de inclusão, e nós devemos imitá-Lo, não devemos julgar as pessoas, antes declarar: "vá e não peques mais" (Jo. 8.11).

A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS ESTRATÉGIAS

Texto Áureo Mt. 11.1 – Leitura Bíblica At. 2.1-12

INTRODUÇÃO
A evangelização das cidades é uma tarefa desafiadora para as igrejas, ao mesmo tempo em que não pode deixar de ser feita. Isso porque, de acordo com a ONU, 54% da população das cidades vive nas cidades. Por isso, na aula de hoje, nos voltaremos para a evangelização em contextos urbanos. Inicialmente mostraremos como surgiu a cidade no contexto bíblico, em seguida, apontaremos os desafios e estratégias para a evangelização urbana.

1. O ORIGEM DAS CIDADES
As cidades são importantes, ainda que, no princípio, Adão e Eva foram postos no Jardim (Gn. 2.8). Ele viviam na presença do Senhor, o Éden foi o ambiente criado por Deus para o primeiro casal. Mas não podemos idealizar a vida no campo, sobretudo por causa do pecado, que alcança a humanidade em qualquer contexto, seja na cidade ou no campo. E além disso, as cidades também faz parte do projeto de Deus. É importante ressaltar que, para aqueles que creem nas promessas de Deus, Ele preparou uma cidade eterna (Hb. 11.16). A descrição desse lugar celestial se encontra em Ap. 21.1-5, apresentada como uma nova Jerusalém, que desce do céu. Essa deve ser a grande expectativa da igreja, e permanecer consciente que a cidade terrena passará (I Jo. 2.17). A primeira cidade, de acordo com a narrativa bíblica, está associada à construção da Torre de Babel (Gn. 11). Os habitantes daquela região decidiram viver na cidade a fim de viverem em segurança, e o principal, sem depender de Deus (Gn. 11.4; 12.2). Portanto, o surgimento da cidade está relacionado a arrogância e prepotência humana. Por isso o Senhor venho sobre aqueles habitantes e confundiu a língua deles, a fim de que aquele intento não fosse levado adiante (Gn. 11.5,6). Essa intervenção se fez necessária para que os homens não fossem destruídos por decidirem se opor à vontade de Deus. É importante ressaltar que a cidade, a partir de uma perspectiva bíblico-sociológica, é uma tentativa humana de realização de projetos, desvinculados da orientação divina. Mas é preciso lembrar sempre que se Deus não proteger a cidade, em vão vigia a sentinela (Sl. 127.1). As cidades precisam de Deus, as igrejas devem criar estratégias para a evangelização urbana.

2. DESAFIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA
Não há como a igreja fazer evangelização urbana se não há que pregue a Palavra de Deus (Rm. 10.14-18). O próprio Jesus afirmou que grande é a seara, mas que poucos são os ceifeiros (Mt. 9.37). O principal desafio para a evangelização urbana é a disponibilidade de pessoas comprometidas com essa tarefa. As igrejas locais devem investir na formação de grupos especializados. Pessoas que possam fazer visitas aos enfermos nos hospitais e presídios, através da formação em capelania. Existem também os grupos de pessoas excluídas, que se encontram a margem da sociedade. Nem todo mundo pode evangelizar determinados tipos de pessoas, faz-se necessário que pessoas sejam desafiadas e treinadas para alcançar os grupos especiais. A tarefa da evangelização urbana na contemporaneidade tem sido cada vez mais desafiadora. Não podemos deixar de considerar que as pessoas estão se tornando secularizadas, e estão dando menos atenção ao evangelho. Os escândalos nos quais algumas celebridades evangélicas estão cometendo contribui negativamente para essa rejeição. Além disso, na medida em que as pessoas vão tendo acesso a um maior nível de escolaridade, mais exigências fazem em relação ao conteúdo do evangelho. Por esse motivo, a Igreja precisa considerar os destinatários da sua mensagem. Essa geração consumista e hedonista também dificulta a evangelização, pois confundem o evangelho com um produto, e somente aderem a mensagem se essa trouxer satisfação pessoal. Por causa desses desafios, a Igreja precisa analisar o contexto no qual se encontrar, e ser capaz de responder as demandas sociais, sem fazer concessão quanto ao conteúdo do evangelho.

3. ESTRATÉGIAS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA
As igrejas locais precisam depender do Espírito Santo, a fim de levar o evangelho às cidades (At. 1.8). Para tanto, necessita estar fundamentada na Palavra de Deus, não pode fazer concessões em relação à mensagem (Mt. 28.19,20). É preciso também usar da criatividade, a fim de ganhar tantos quantos possíveis para o Reino de Deus (I Co. 9.19-22). Contanto que não comprometa a mensagem, e mantenha o testemunho cristão, a igreja pode usar diferentes estratégias para pregar o evangelho aos pecadores. A mais comum é a realização de cultos públicos, em locais que as pessoas passem com frequência. Jonas apelou para essa estratégia, a fim de propagar aos ninivitas que em breve Deus destruiria a cidade (Jn. 3.6). É possível também usar estratégias mais específicas, como a distribuição de água em sinais de trânsito, juntamente com a entrega de folhetos. Existem jovens que aproveitam essas paradas no trânsito para evangelizar os condutores, através de pequenas encenações. O convite para frequentar as igrejas continua sendo uma estratégia eficiente. Podemos criar proposta evangelísticas, como o cartão de Operação André, a fim de que crentes levem pessoas descrentes à igreja, e contribuíam no processo de discipulado, como fez André, o irmão de Pedro (Jo. 1.40-42). As grandes campanhas evangelísticas ainda funcionam como trabalho de alto impacto, sobretudo se essas forem realizadas juntamente com ações sociais. As concentrações populares podem ser oportunas para a evangelização das cidades. Devemos destacar que no dia de Pentecostes muitos receberam a Cristo, através da pregação dos apóstolos (At. 2.1-12). As festas anuais, realizadas pelas cidades, seja de cunho religioso, cultural ou esportivo, podem oportunizar a distribuição de folhetos, e se for o caso, uma orientação espiritual, mostrando o plano da salvação (Jo. 3.16).

CONCLUSÃO
Evangelizar as cidades também é uma tarefa de igreja, e para isso precisa estar preparada, a fim de conduzir as pessoas a Cristo. A cidade, desde sua origem bíblica, está fundamentada ilusão da segurança humana. A Igreja do Senhor pode, através das Escrituras, e da realidade social, mostrar que os projetos humanos fracassaram. E em resposta, apresentar o plano de Deus para as cidades, que se concretizará plenamente na eternidade, quando descer a Cidade Celestial.

O TRABALHO E ATRIBUTOS DO GANHADOR DE ALMAS

Texto Áureo II Tm. 4.5 – Leitura Bíblica At. 8.26-34



INTRODUÇÃO
O desafio de ganhar almas pressupões, conforme destacamos em aulas anteriores, o conhecimento da doutrina da salvação, e o poder do Espírito Santo. Mas é preciso também que haja o evangelista, ou seja, a pessoa capacidade por Deus para levar o evangelho de Jesus Cristo. Na aula de hoje destacaremos o trabalho e atributos do evangelista. Ao final, abordaremos a atuação do ministério de evangelista nos dias atuais, destacando sua relevância para a igreja.

1. O TRABALHO DO EVANGELISTA
A palavra evangelista (gr. euaggelistas) ocorre apenas três vezes no Novo Testamento em At. 21.8, em referência a Filipe, o diácono-evangelista; em Ef. 4.11, ao dom ministerial de evangelista; e II Tm. 4.5, orientando Timóteo a fazer o trabalho de evangelista. O significado literal de “anunciador de boas novas”, e nesse sentido, Jesus é o maior dos evangelistas, pois Ele deu testemunho de que havia sido enviado para pregar as boas novas aos quebrantados (Lc. 4.18,19; Is. 61.1-3). Ao que tudo indica essa era uma função ministerial na igreja primitiva, semelhante à de apóstolos, profetas, pastores e mestres. O evangelista, grosso modo, é alguém que tem amor pelas almas perdidas, um desejo de conduzir os perdidos a Cristo. Filipe é o único homem no Novo Testamento a ser denominado de evangelista. Ele era um dos sete diáconos que foram dispersos em virtude da perseguição que resultou na morte de Estevão (At. 6.5; 8.1-5). Filipe se destaca como um verdadeiro evangelista porque mesmo diante da perseguição não foge da responsabilidade de levar o evangelho adiante. Ele desfruta de íntima relação com Deus, ouvindo a Sua voz, com disposição para obedecê-LO. Como evangelista Filipe deixou o exemplo para aqueles que querem ganhar almas para Cristo. Isso somente poderá ser feito se não medirmos esforços para alcançar essa meta. É necessário também seguir as orientações do Espírito Santo. Identificamos o dom de evangelista na igreja sempre que vemos obreiros dedicados à tarefa de ganhar almas. Há pessoas que se gastam a fim de tirar os perdidos do caminho da perdição. Como Filipe, seu mote é a doutrina da salvação, a cruz de Cristo é seu tema central. Fundamentados na Bíblia, como fez Felipe diante do Eunuco, pregam a Cristo, e esse crucificado (At. 8.32-35), loucura e escândalo para alguns, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, como bem expressou Paulo (Rm. 1.16). Felipe foi separado como diácono pela igreja, mas se revelou evangelista em atuação. Isso demonstra a possibilidade das pessoas serem escolhidas para assumirem uma posição eclesiástica, e se destacarem em outra, de acordo com o chamado de Deus.

2. OS ATRIBUTOS DO EVANGELISTA
O verdadeiro evangelista tem amor pelas almas perdidas, Paulo assumiu que pesava sobre ele a obrigação de pregar o evangelho (I Co. 9.16). Geralmente a atuação do evangelista é acompanhada por milagres. Filipe pregou o evangelho, mas certamente os milagres que Deus realizou através dele foram relevantes para a conversão de muitas vidas a Cristo (At. 8.6). É importante ressaltar, no entanto, que o ministério de Filipe não se reduziu a operação de milagres. Existem muitos pregadores atuais, principalmente os televisivos, que não pregam a mensagem. Eles apenas utilizam os milagres como um show, uma espécie de atrativo pessoal, como se fosse um fim em si mesmo. Alguns desses supostos evangelistas estão interessados apenas no dinheiro das pessoas. Elas não querem arrebatar almas da perdição, querem auferir lucros, e enriquecerem ilicitamente. Filipe não apenas fez milagres, o texto bíblico de At. 8.12 diz que as pessoas creram na sua mensagem. Isso quer dizer que elas ouviram a pregação, e foram convencidas e convertidas da necessidade do arrependimento (At. 3.19). Os evangelistas pregam o novo nascimento, a importância de deixar o pecado e se voltar para Deus, em novidade de vida (II Co. 5.17). Um verdadeiro evangelista não se aparta da Bíblia, na verdade ele prega a Palavra de Deus (II Tm. 4.2). Paulo quando esteve entre os coríntios não levou palavras persuasivas de sabedoria humana. Como evangelista, pregou a mensagem da cruz, pelo poder do Espírito Santo (At. 8.13; I Co. 1.4). O evangelista valoriza as vidas individualmente, por isso Deus conduziu Filipe para pregar ao eunuco de Candace. As maiores mensagens de Jesus foram pregadas para uma pessoa. Em João 3 O encontramos pregando para Nicodemos, expondo a doutrina do novo nascimento. Em João 4 nos deparamos com o mesmo Senhor ministrando para uma mulher samaritana, destacando o valor da água da vida. Aqueles que apenas querem pregar para as multidões não são evangelistas, alguns deles querem apenas visibilidade pessoal. O verdadeiro evangelista valoriza cada alma, sabendo o valor que elas têm, individualmente (Lc. 15.3-7).

3. O TRABALHO DO EVANGELISTA
Ninguém pode ser obreiro de Deus sozinho, dispensando a contribuição de outros para o seu ministério. Felipe foi usado por Deus como evangelista, pregando a mensagem da cruz, com autoridade espiritual. Mas dependeu do trabalho dos apóstolos, por isso Pedro e João foram enviados para Samaria, a fim de confirmaram o trabalho ali iniciado. Ao que tudo indica Filipe teria batizado Simão (At. 8.13), aquele que posteriormente quis comprar o dom de Deus (At. 8.18-23), sendo repreendido por Pedro. O evangelista, na ânsia de ganhar almas, pode se adiantar, e aceitar a todos, indistintamente, o que é compreensível. Às vezes o evangelista diz “vinde como estás”, mas o pastor-mestre complementa: “como estás não podes permanecer”. A doutrina apostólica é fundamental para orientar aqueles que se decidem por Cristo, por isso o discipulado é tão importante nas igrejas. Outra característica do evangelista é itinerância, é o que atestamos no ministério de Filipe. Após cumprir sua missão em Samaria, é conduzido imediatamente para outro lugar (At. 8.26). Talvez Timóteo achasse cômodo permanecer em Éfeso, como pastor residente, mas Paulo o admoesta para que cumpra o ministério de evangelista (II Tm. 4.5). Para tanto deveria exercitar-se a si mesmo, não tem como ser evangelista apenas na teoria, sem pôr em prática, e fazer o que é preciso (II Tm. 4.7). A negligência é o principal empecilho para que o evangelista se distancie da sua responsabilidade (I Tm. 4.14). O comodismo pode afastá-lo do seu trabalho, a busca por posição eclesiástica também. Por isso a igreja deve apoiar aqueles que exercem esse ministério, reconhecendo seu valor para a expansão do Reino. Os evangelistas devem avivar o dom de Deus em suas vidas, buscando experiências com o Senhor, fundamentadas na palavra (II Tm. 1.6).

CONCLUSÃO
Vivemos dias tenebrosos, as perseguições estão sobrevindo sobre a igreja, mas o evangelho não pode ser calado. Para tanto precisamos de mais evangelistas para levar adiante as boas novas de Jesus. Esses devem ser corajosos, tendo em vista que Deus não lhes deu espírito de covardia, mas de poder, amor e moderação (II Tm. 1.7), para ganharem muitas almas para Cristo. Cumpramos, na direção da Palavra e no poder do Espírito Santo, o desafio de evangelizar, pois para isso fomos chamados.