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ABRAÃO, A ESPERANÇA DO PAI DA FÉ



Texto Áureo Hb. 11.8 – Leitura Bíblica Gn. 12.1-10


INTRODUÇÃO
Continuamos com nossos estudos sobre a provisão divina, e desta feita nos voltaremos para Abraão e seu exemplo de fé. Inicialmente destacaremos os desafios pelos quais Abraão passou, e em seguida, mostraremos como ele reagiu diante das adversidades. A vida desse patriarca hebreu é um modelo para que permaneçamos fieis a Deus, seja nos tempos de bonança ou de privação. No Novo Testamento ele é denominado de pai espiritual de todos que “andam nas pisadas da fé” (Rm. 4.12).

1. O CHAMADO DE ABRAÃO
Abraão se chamava inicialmente Abrão, e lá ele servia a outros deuses (Js. 24.2), até receber a revelação de Yahweh. Abraão foi chamado por Deus quando se encontrava em uma terra na qual o Senhor ainda era desconhecido. O patriarca que habitava em Ur dos Caldeus ouviu a voz do Todo-Poderoso, e seguiu para Harã. Além da sua mulher Sara, leva consigo seu sobrinho Ló, que viria a causar-lhe problemas. A partir dessa decisão identificamos as limitações de Abraão, diferentemente do idealismo apregoado em muitas igrejas, ele era um homem comum, que demonstrou insegurança em várias ocasiões, mas que aprendeu a confiar em Deus ao longo do percurso. Fez-se necessário que o Senhor reafirmasse Suas promessas várias vezes para estimular Abraão a seguir adiante. Abraão estava nos projetos de Deus, de acordo com Gn. 12.1-3, nEle seriam abençoadas todas as famílias da terra. Essa é a dimensão missionária do chamado de Abraão, que não foi compreendida por alguns religiosos judeus nacionalistas. Eles pensavam que a benção de Deus seria apenas para os judeus. Mas Deus, em Cristo, visitou a humanidade, e atraiu os pecadores para Si, independentemente das fronteiras geográficas. Na verdade, Jesus veio para os que eram seus, mas esses não O receberam, mas a todos quantos O receberam são chamados filhos de Deus (Jo. 1.12). Os religiosos do tempo de Jesus não compreenderam que Jesus era antes mesmo de Abraão, e por isso quiseram apedrejá-lo (Jo. 8.12). Jesus é o cumprimento pleno das promessas feitas ao patriarca da fé, e a razão da esperança que devemos ter em Deus, pois Cristo é a nossa provisão, é a dádiva maior do Pai para nossas vidas (II Co. 9.15).

2. AS ADVERSIDADES DE ABRAÃO
Até que Abraão fosse reconhecido como pai da fé, e modelo de esperança para os fiéis, teve que passar por momentos de adversidade. Inicialmente Ele perdeu seu pai, para aprender que somente poderia depender de Deus (Gn. 12.4-8). Ele teve que acreditar contra toda descrença que o Senhor iria prover uma terra que manava “leite e mel”. De vez em quando Ele fraquejou ao longo da jornada, em alguns momentos escondeu omitiu informações para sobreviver diante dos inimigos. Mas depois de “altos e baixos”, aprendeu a confiar no Senhor, e edificou um altar em Betel, mostrando sua firmeza em Deus (Gn. 12.8). A dependência em Deus é um aprendizado, e na maioria das vezes toma muito tempo. Paulo disse ter aprendido a contentar-se em Deus, mesmo quando as coisas não lhes eram favoráveis (Fp. 4.10-13). Abraão também passou por momentos de escassez, aqueles foram situações de treinamento, a fim de que o patriarca amadurecesse na fé. As adversidades são provas que Deus nos dá para que possamos extrair lições. Quando o crente é afligido, desenvolve um caráter firme, que resulta em fidelidade, a exemplo do que aconteceu com os heróis da fé (Hb. 11). Abraão também se deparou com a esterilidade da sua esposa, o que inviabilizaria o cumprimento da promessa de que ele seria “pai de uma multidão”. O patriarca já estava com quase 100 anos e não tinha herdeiros, e foi mesmo tentado a encontrar um subterfúgio para essa limitação. Essa opção acabou por trazer-lhe consequências drásticas, com as quais teve que conviver posteriormente. Mas Deus cumpriu sua promessa, e lhe deu Isaque, que viriam a lhe dar descendência (Gn. 21.7).

3. A ESPERANÇA DE ABRAÃO
Abraão é considerado o pai da fé, e um modelo para todos aqueles que esperam em Deus. Paulo destaca a fé do patriarca para a salvação, sendo isso imputado por justiça (Rm. 4.2). Nem sempre a realidade nos é favorável, por isso devemos aprender a confiar cada vez mais em Deus. Como Abraão, e os demais heróis da fé de Hb. 11, devemos depositar nossa confiança não no que é visível. A fé, como bem ressalta o autor dessa Epístola, é o firme fundamento das coisas que se esperam, mas que são invisíveis. E de fato, somos desafiados, em Deus, a viver pela fé, e não pela vista (II Co. 5.7). O Deus no qual cremos é o Jeová-Jireh, o Deus de toda provisão, que nos entregou inicialmente Seu Filho, para salvação dos nossos pecados (Rm. 6.23). Essa é a convicção que temos que muito mais Ele nos dará, e que tendo começado a boa obra a consumará (Fp. 1.3). O maior desafio pelo qual Abraão teve que passar foi o de sacrificar seu filho no monte Moriá. Naquele local, depois de vários dias de viagem, o patriarca perdeu toda confiança em si mesmo, e passou a confiar incondicionalmente no Senhor. Cada um de nós temos nossos “isaques” a serem sacrificados, e precisamos nos desvencilhar deles, caso queiramos amadurecer espiritualmente. Abraão precisou retirar de dentro dele aquilo que considerava mais precioso, e só então foi capaz de experimentar a providência divina. Depois de tudo pelo que passou, Abraão compreendeu que sua maior riqueza era Deus, que somente Ele seria a recompensa por toda vida (Gn. 15.1). Enquanto confiarmos em nós mesmos, e nas provisões terrenas, ficaremos decepcionados. Mas os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre (Sl. 125.1).

CONCLUSÃO
Abraão foi chamado pelo Senhor para uma jornada espiritual, e essa foi fundamental para que o patriarca amadurecesse espiritualmente, e aprendesse a colocar sua esperança exclusivamente em Deus. De igual modo, cada um de nós, diante das adversidades, somos desafiados a esperar contra a esperança, e reconhecer que estamos debaixo da mão potente de Jeová-Jireh (Rm. 4.18; Gn. 22.14).