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PAZ DE DEUS ANTÍDOTO CONTRA AS INIMIZADES



Leitura Bíblica: Jo. 14.27 – Texto Áureo: Ef. 2.11-17



INTRODUÇÃO
As divisões, inclusive dentro das igrejas, geram inimizades, e essas, por sua vez, é resultado de inquietações. Na aula de hoje, aprenderemos a respeito das inimizades enquanto obra da carne, e em seguida apresentaremos o antídoto, que é a paz que excede todo entendimento. Ao final mostraremos a necessidade do cultivo desse aspecto do fruto do Espírito, a fim de que possamos cada vez mais confiar em Deus, e ao mesmo tempo, não provocar dissenções na igreja, de modo a desfrutar da verdadeira paz em Cristo Jesus.

1. INQUIETAÇÕES E INIMIZADES
A palavra inimizade em grego é echthra, tendo essa a ver com a inimizade com Deus (Rm. 8.7), entre as pessoas (Lc. 23.12) e a hostilidade entre grupos (Ef. 2.14-16). Trata-se, portanto, de uma obra da carne (Gl. 5.20), de pessoas que não conseguem desfrutar da paz de Deus, e por isso, se inquietam com muitas coisas (Lc. 10.38-42). As pessoas estão demasiadamente preocupadas, a ansiedade pelas coisas deste mundo tornou-se uma prática comum. Por isso Jesus orientou seus discípulos não viverem inquietos, a aprenderem a confiar na provisão divina (Mt. 6.25). O desejo desenfreado pelas coisas deste mundo, que se manifesta por meio da cobiça, é uma demonstração de carnalidade (Tg. 4.2,3), que serve apenas para tirar a paz, e fomentar a segregação (Tg. 2.8,9). A igreja de Corinto estava tomada por esse sentimento de partidarismo, havia entre seus membros discórdias, principalmente em relação às lideranças eclesiásticas (I Co. 1.12,13). A inimizade é danosa para a vida da igreja, porque compromete sua unidade espiritual (Jo. 17.21). O termo echthra, no contexto da divisão da comunidade cristã, é expressa por Paulo na segregação entre judeus e gentios na igreja (Ef. 2.14,15). Os judaizantes do primeiro século não admitiam que a graça de Deus alcançasse também os gentios. Esse sentimento faccioso ainda impera em algumas igrejas evangélicas, sobretudo sobre os cristãos mais moralistas, que acham que são merecedores da salvação. Quando isso acontece, as igrejas se tornam adoecedoras, ao invés de trazerem cura para as vidas. Há igrejas que as pessoas não fazem outra coisa senão disputarem cargos e funções. O ambiente eclesiástico não deveria ser favorável à segregação, considerando que fomos alcançados pela graça maravilhosa de Cristo (Ef. 2.8,9).

2. A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
O antídoto contra as inimizades na igreja é a paz de Deus que excede todo entendimento (Fp. 4.7). Essa é uma paz diferente daquela apregoada pelo mundo, é a paz que somente Jesus pode dar, com a qual é possível encontrar tranquilidade, mesmo diante das situações mais adversas (Jo. 14.27). Essa paz, cujo termo grego é eirene, diz respeito a um estado de quietude, tranquilidade, harmonia e confiança, produzida no crente pelo Espírito Santo. Aqueles que são súditos do Reino de Deus desfrutam dessa plena paz (Rm. 14.17). Essa é uma paz que também deve ser buscada, se possível com todas as pessoas (II Co. 13.11; Hb. 12.14). Por se tratar de um fruto do Espírito, é algo que deve ser desenvolvido (Tg. 3.18). A paz, enquanto virtude do fruto do Espírito, tem início na conversão, quando passamos a desfrutar da paz com Deus (Rm. 5.1,2). Isso tem a ver com o ministério da reconciliação, que aconteceu por meio de Cristo que nos levou a Deus (II Co. 5.18-20). Por causa dEle agora nos chegamos mais perto de Deus, que derrubou a parede da separação, desfazendo as divisões dentro da igreja (Ef. 2.13-17). Não podemos esquecer que fomos chamados também para a paz de Deus (Cl. 3.15). Por isso devemos construir pontes ao invés de muros, e se possível ter paz com todos os homens (Rm. 12.18). É recomendável construir mais poços, como fez Isaque quando perseguido pelos seus inimigos, do que fazer uma guerra (Gn. 26.29-22). As igrejas saudáveis, ao invés de incentivarem a discórdia, busquem guardar a unidade do Espírito, pelo vínculo dessa paz que nos faz um só corpo (Ef. 4.3,4). Mas isso somente será possível se as inquietações por causa da ganância forem desfeitas, de modo que cada um deixe de buscar propriamente o que é seu, antes atente também para o que é do outro (Fp. 2.4; I Co. 10.24).

3. PAZ QUE GERA CONFIANÇA
O profeta Isaias afirma que Deus conservará “em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti” (Is. 26.3). A fim de cultivar a verdadeira paz, precisamos investir nos valores espirituais, e aprender a confiar cada vez mais em Deus. Desfrutamos dessa paz na medida em que depositamos no Senhor nossa confiança, e estamos cientes que Ele suprirá nossas necessidades (Fp. 4.19). Muitos crentes alimentam sentimentos facciosos porque perderam Jesus de vista, e por valorizarem mais as coisas terrenas do que as celestiais (Hb. 12.2). Somente os que confiam no Senhor serão como os montes de Sião que não se abalam, mas permanecem para sempre (Sl. 125.1). Devemos colocar nossa confiança na Palavra de Deus, pois Ele não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa (Nm. 23.19). Ainda que não compreendamos, sabemos que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus, e são chamados de acordo com seus soberanos desígnios (Rm. 8.28). Por isso, como fez o Salmista, devemos descansar à sombra do Onipotente, sabendo que Ele é nosso refúgio e fortaleza, o Deus em quem confiamos (Sl. 91.1,2). Essa paz tem a ver com a mente, por isso não devemos alimentar os pensamentos com ansiedades, coisas que nos distraiam da presença de Deus e tiram nossa tranquilidade espiritual. Paulo apresenta a seguinte orientação a esse respeito: “Não andeis cuidadosos de coisa alguma, antes em tudo sejam conhecidos os vossos pedidos diante de Deus pela oração e pela súplica com ações de graças.
A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Finalmente, irmão, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é venerável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, seja isso o que ocupe os vossos pensamentos” (Fp. 4.6-8).

CONCLUSÃO
Dentre as obras da carne, as inimizades se apresentam como resultado das inquietações da alma humana. Há muitas pessoas que querem se sobrepor umas sobre as outras, na maioria dos casos por causa da ostentação e da ganância. O antídoto contra essa atitude é investir na paz de Deus, relacionada à paz com Deus, que excede todo entendimento. Aqueles que desfrutam dessa paz, aprenderam a experimentar as riquezas de Cristo, por isso não se atribulam diante das águas turbulentas.

BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA, A. G. Os frutos do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
OLIVEIRA, F. H. T. As obras da carne e o fruto do Espírito. São Paulo: Reflexão, 2016.