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CRISTO É SUPERIOR A ARÃO E À ORDEM LEVÍTICA

                     Texto Áureo: Hb. 4.14 – Texto Bíblico: Hb. 4.14-16; 5.1-14


INTRODUÇÃO
O escritor da Epístola aos Hebreus ressalta a superioridade do sacerdócio de Cristo em comparação com o de Arão. E nesse particular, observamos uma predominância temática, recorrente em várias passagens. Ele destaca, conforme estudaremos na aula de hoje, que Jesus foi chamado por Deus como um Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque (Hb. 5.10). A partir dessa temática, o escritor irá mais uma vez admoestar seus destinatários para que não sejam de dura cerviz, e para que deem ouvidos à Palavra de Deus (Hb. 5.11).

1. A SUPERIORIDADE DO SACERDÓCIO DE CRISTO
Antes da destruição do Templo de Jerusalém (70 a. C.), o ofício sacerdotal era fundamental na prática do judaísmo. Em tais ocasiões o sangue de animais era derramado e orações eram direcionadas a Deus, pelo pecado dos israelitas. Tais práticas remetem a tempos antigos na tradição hebraica, o próprio Abel e seu irmão Caim, o fizeram. A esses podem ser acrescentados: Abraão, Isaque e Jacó, os patriarcas do povo hebreu. De certo modo, podemos afirmar que o cristianismo tem seu fundamento no próprio judaísmo, pois “visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus” (Hb. 4.14). Ele não é um sacerdote comum, mas um “grande sumo sacerdote”, e essa é a razão pela qual devemos reter “firmemente a nossa confissão”. E mais, na perspectiva negativa, “não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas: porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb. 4.15). A identificação desse Grande Sumo Sacerdote é importante, pois Ele foi tentado em tudo: na concupiscência da carne, na concupiscência dos olhos, e na soberba da vida. E porque Ele foi tentado em tudo “mas sem pecado”, pode nos representar diante do Pai, pois como caímos todos em Adão, em Cristo igualmente somos vivificados. Ele se identifica com cada um de nós, sendo capaz de entrar não apenas no Santo dos Santos, mas no trono do próprio Deus, nos céus. Oportunizando que: “cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb. 4.16).

2. AS QUALIFICAÇÕES DO SACERDÓCIO DE CRISTO
Para que o sacerdócio levítico fosse aprovado por Deus, bem como o próprio sacerdócio de Cristo, fazia-se necessário que algumas qualificações fossem consideradas. A esse respeito, é preciso destacar que a “ordem” do sacerdócio de Cristo se difere daquele dos sacerdotes levíticos. Em ambos os casos, um homem foi escolhido, para representar o povo, na presença de Deus. Por isso, como sacerdote, Jesus foi “tomado dentre os homens” (Hb. 5.1). E seguindo a prática sacerdotal judaica, “para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados” (Hb. 5.1). Como Sumo Sacerdote, Jesus “pode compadecer-se”, isso mostra que Ele não desconsidera nossa condição humana, e mais que isso, que ele tem simpatia, no sentido etimológico do termo”, sofre conosco. Ele conhece nossa natureza, e sabe que somos pó, e que dependemos de Deus, inclusive para vencer as tentações/provações. Uma das qualificações de Cristo, em comparação ao sacerdócio levítico, é que o sacerdote levítico deveria oferecer sacrifícios “tanto pelo povo como também por si mesmo” (Hb. 5.3). Por oposição, o sacerdócio de Cristo tinha procedência divina, para tanto o autor recorre a Sl. 2.7 e ao 110.4, a fim de mostrar que Jesus, diferentemente do sacerdócio aaronico, seguia a ordem de Melquisedeque. Este foi um sacerdote-rei da cidade estado de Salém – antiga Jerusalém – nos tempos em que Abraão resgatou Ló do cativeiro. E seguindo essa ordem, Jesus mostrou ser superior, pois Ele não apenas morreu pelos pecados da humanidade, também ressuscitou vindo a ser “a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hb. 5.9). A obediência é importante no contexto da Epístola aos Hebreus, pois o próprio Cristo “aprendeu a obediência”, e todos aqueles que O seguem também devem aprendê-la.

3. CHAMADOS PARA A MATURIDADE ESPIRITUAL
A maturidade cristã é um dos desafios fundamentais para o desenvolvimento da fé. Espera-se que, com o passar do tempo, os cristãos sejam “mestres” (Hb. 5.12), ou seja, que possam ensinar a outros os fundamentos da verdade. A esse respeito, devemos ressaltar que o ministério do ensino, muito embora seja específico para alguns (Ef. 4.11), também tem sua expressão coletiva, para a totalidade da igreja. Não podemos deixar de destacar que na Grande Comissão Jesus ordenou aos seus discípulos, o ministério do ensino quando os instruir para que “ensinassem todas as nações” (Mt. 28.19). A esse respeito, aproveitamos para ressaltar que uma igreja séria obrigatoriamente estará comprometida com o ensino da Palavra de Deus. Essa não é uma opção, antes uma condição, para a própria existência da igreja. A busca pela maturidade espiritual deve ser perseguida, por isso os pastores, e a liderança em geral, devem envidar esforços, para que a igreja esteja alicerçada na doutrina de Cristo. O problema daquela comunidade cristã, e de muitas outras nos dias atuais, é que eles não estavam avançando, por isso careciam sempre está retornando aos rudimentos das palavras de Deus (Hb. 5.12). Nada há de errado em voltar aos fundamentos da nossa fé, mas é preciso ter cuidado para não ficar apenas neles (II Pe. 3.18; Ef. 4.15). E no caso específico daqueles crentes, eles queriam permanecer na religiosidade judaica, algo que já havia caducado, depois da suprema revelação em Cristo (Hb. 1.1,2).

CONCLUSÃO
Temos um sacerdócio que é superior ao levítico, pois nosso Sumo Sacerdote é “grande”, maior que o de Arão, cujos sucessores precisavam sacrificar não apenas pelo povo, mas por eles mesmos. Cristo é Sumo Sacerdote segundo Melquisedeque, portanto, de uma ordem que não é meramente humana, antes eterna e celestial, por isso deve nos motivar a seguirmos crescendo na fé, e a não permanecermos restritos aos rudimentos antigos da fé.

BIBLIOGRAFIA
PFEIFFER, C. The Epistle to the Hebrews. Chicago: Moody Press, 1962.
WEIRSBE, W. Be confident: Hebrews. Colorado Springs: David Cook, 2009.